quarta-feira, 29 de abril de 2009

Oficialmente responsável

Bem, desde essa minha libertação meio forçada pela mudança acadêmica tenho passado pelo longo caminho da construção de uma responsabiidade. Mas foi nessa segunda feira que tudo se concretizou legalmente.
Fazer 18 anos não muda nada na mente de alguém, ou no corpo, em nada. O que muda? Saber que agora, por mais que você queira, não há mais volta: é você por você.

Bem, meu dia de aniversário de 18 anos, por falar em responsabilidade, foi passado das 8h às 23h na faculdade.  Trabaho, estudo, trabalho, estudo. É...

domingo, 12 de abril de 2009

Um mês e cinco dias depois...

Não é facíl manter um blog. Não pela falta de assunto. Pelo contrário, assunto não faltou. Mas convenhamos que tempo não é algo muito disponível quando se é universitário. Aliás, na verdade houve tempo. Mas decidi que ele deveria ser usado pra outras coisas. Errei.

O blog é uma maneira não só de manter minha marca da internet, mas como um modo de se comunicar com todos aqueles a quem dedico minha vinda pra cidade-sanduiche Bauru. Minha família e meus amigos, tão importantes pra mim, encontram nesse espaço o contato com as novidades desse meu admirável mundo novo. É fato que escrever aqui todos os dias é algo bem difícil pra mim. Mas prometo deixar uma impressão no mínimo semanal.

Agora uma questao fica no ar: O que fiz nesse período sem postar nada no blog?

Seres humanos - e não humanos, quem sabe - leitores desse maravilhoso blog, anuncio-lhes que não percebi passar tanto tempo assim. Como foram rápidas essas últimas 5 semanas!
O tempo relativo de Einstein foi provado. Eu não senti passar essas quase 900 horas sem deixar nada no blog.
Como o próprio teórico da relatividade disse, quando se está fazendo algo que gosta, o tempo voa. E foi isso que fiz: coisas que gosto - e não menos trabalhosas por causa disso-.

As aulas - salvo algumas excessões sempre existentes - foram ótimas. O sono apareceu em algumas delas, o tédio em outras, mas o conhecimento surgiu em quase todas. Trabalhos e mais trabalhos a serem feitos, grupos a serem formados, relatórios a serem gerados. Livros, quantos livros!
Mas eu, que já tenho muito o que fazer obrigatóriamente pela grade curricular me meti a desbravar outro caminho; ou melhor outroS caminhoS.

O primeiro deles surgiu logo na primeira semana. Sempre gostei de história; explicava pros meus amigos as matérias antes das provas, gosto de ensinar... Por isso achei que ser professor podia ser divertido - queria ver se continuaria sendo divertido ser professor pra valer, vivendo do injusto salário pago à classe- . A diversão se tornou obrigação quando eu decidi confirmar que toda quinta-feira a tarde - um dos únicos buracos na minha grade - daria aulas de história num dos cursinhos gratuitos que a UNESP oferece. Mas esse trabalho não é uma maneira de colocar a prova meus conhecimentos na disciplina. Na verdade a função social de fornecer oportunidade pra muitos alunos de escola pública o ingresso na Universidade Estadual Paulista é algo que me faz querer levar bem a sério esse desafio. É lógico que não vou deixar meu curso em segundo plano - e nem quero isso! - mas, a verdade é que esse programa de além-curso é algo que realmente considero proveitoso. E ele já me rendeu frutos financeiros. Eu, esperand trabalhar de voluntário, fui surpreendido com uma bolsa de 90 reais mensais. Dez reais por hora de aula... Muito professor formado acaba se sujeitando a menos por ai.

Mas esse é só o primeiro desafio que decidi trilhar. Pouco depois a radio unesp virtual
abriu inscrições para seus programas. Entrei em um deles, Falando em Política

O primeiro trabalho que fiz foi um comentário sobre o novo programa governamental para combater o déficit habitacional, o Minha Casa, Minha Vida. O programa inteiro você pode ouvir aqui - apesar de um problema técnico infelizmente cortar algumas falas -.

Depois disso uns veteranos nos convidaram a participar de um jornal impresso de um bairro aqui de Bauru - e por sinal o bairro mais populoso da américa latina - o Mery Dota. A Folha Leste aborda temas da cidade e do bairro e é uma boa maneira de me entrosar com o veículo impresso. A primeira matéria não foi publicada por problemas de patrocínio. Dessa vez, com o problema resolvido, minha função é entrevistar o secretpario de sáude da cidade em relação à febre amarela.

Não para por ai minhas particiações extra curriculares. Fiz um teste de locutor outro dia e descobri que serei o locutor do Difererente, pero no Mucho.

Bem, se alguém disser que tenho pouco a fazer... Mas o que importa é que estou gostando, ou melhor, adorando tudo isso. Até agora estu conseguindo levar os oito livros, cinco resenhas, quatro trabalhos e um seminário sem problemas junto com tudo isso. Espero que continue assim!

sábado, 7 de março de 2009

Os primeiros passos...

Calor. A radiação solar atinge níveis causticantes na cidade-sanduíche, a querida nova-casa Bauru.
Sem uma nuvem no céu e temperaturas que chegam aos 38°C a tarefa de enfrentar os raios assassinos provenientes da luminescente bola de fogo do céu faz o dia-a-dia se tornar ainda mais cansativo.

Não, não é adaptação de um dos capítulos de H. G. Whells, mas sim um brief climático destes meus últimos dias. Cronológicamente parei meus relatos na segunda-feira, portanto tenho 4 longos dias para narrar.

O primeiro fato a se salientar é a primeira das famosas festas de faculdade, na terça a noite. Imperdível? Não posso dizer... mas foi boa. Welcome to the Jungle -nome da festa- teve boas bandas, companhias legais, no entanto a infeliz soma de calor extremo com 4 pessoas/ m² fez dela um tanto cansativa. De 0~10, uma pontuação de 7 lhe caberia muito bem.

O dia seguinte foi um dia sem tantas coisas memoráveis. Ele foi, no entanto, fundamental. Porque? Simples. Depois de 4 dias seguidos sem dormir direito, passei a tarde inteira dormindo - esperando um fogão que só chegou no dia seguinte- e uma noite completa de sono. Uma ótima maneira de esnobar aqueles que foram em uma festa nesta quarta-feira a noite, sendo essa festa, por sinal, uma das consideradas imperdíveis. Perdi, sormi, não me arrependo, afinal consegui me manter consciente no primeiro dia de aula de verdade.

Bulhões, o famoso. Sim, este professor foi muito bem citado pelos veteranos, sobretudo no que se diz em relação ao icógnito trabalho de final de semestre. Gostei muito dele. É daqueles professores que você para, escuta, e chega a uma conclusão: ' esse cara é foda'.
Um texto de Antol Rosenfeld para se ler, uma exposição geral do que virá nas aulas diante, e uma motivação enorme de começar a realmente provar do centro formador intelectual que é uma universidade como a UNESP.

Nesse mesmo dia coloquei a prova toda minha performance no semáforo para arrancar dos carros passantes as - cada vez mais raras - moedinhas para a festa dos bixos de jornal: a grande M'Impensa. Bem, digamos que eu me apaixonei por 132 senhoras de 40 anos para mais, recitando epopéias como 'batatinha quando nasce' de joelhos, em nome de alguns trocados. Foi hilário e muito divertido, deveras.

Dormi muito bem nessa noite de quinta-feira, e acordei bem disposto no dia seguinte. Fui na aula e conheci outro professor, igualmente citado pelos veteranos, mas não tão bem afamado: Clodoaldo, ou melhor, Clõdõãldõ. Coitado, ele é fanho, fala baixo, dá aula de filosofia numa sexta-feira à tarde depois do almoço. Não é mau professor, no entanto a aula trás certa sonolência, digamos assim.

Finalmente, na manhã seguinte, começa a saga de meu regresso para casa. Sim, pela primeira vez, desembolsando nada menos que 45 reais, viajo para Sertãozinho e mato a saudade de meus pais. Sei que não dá pra voltar sempre, mas, quando der, cá estarei!

Tem um último fato que eu gostaria de salientar neste post. Não sei como nem porque, eu estava no super-mercado em Ribeirão Preto com meus pais, quando começa a tocar 'Imagine' e eu, inocentemente acompanho-a cantando. Uma senhora de uns 60 anos literalmente brotou do meu lado elogiando minha voz, se dizendo pianista e pintora, falando que gostou muito de mim, que tem bom ouvido musical e que achou o timbre e a afinação da minha voz muito bons. Interessante O.O. Parece que ser apelidado de John Lennon trouxe uma peculiar ironia quando cantei um dos clássicos de sua autoria hoje...rs.

Pois é.

segunda-feira, 2 de março de 2009

E a jornada se inciaia...



Acordo bem cedo, meia hora antes do alarme tocar, sozinho. Um banho, café da manhã e uma idéia fixa na cabeça: como será tudo?

Incerteza... Não havia praticamente nada além dela em minha mente. Até o semi-decorado mapa mental da região estava meio embaralhado, mas fui em frente.
O caminho ao ponto de ônibus já foi relativamente conturbado. Parei em um ponto. Ninguém. Avistei um ao lonje, um aglmerado de pessoas. Não tardei, já estava lá, brevemente reconhecendo dois japoneses carecas -bixos de engenharia, óbvio - e tive a convicção de que aquele ponto era o certo. Mais dois ou três outros estudantes chegaram e então, finalmente, o ônibus.
Veteranos, muitos. Bixos, aos montes. A zoeira já começa desde lá, e ainda no acotovelar da lotação, consigo me juntar a alguns veteranos que conheci pela internet e certas bixetes que tinha visto vez ou outra do mesmo modo.

Bixo é bixo, como se diz, mas, no fim, não zoaram tanto. Caminhamos juntos do ponto à FAAC - viva lá faac - onde a primeira interação enre bixos e veteranos aconteceu...mais diálogo mesmo. Mias veteranos vçao chegando e o cirsco foi armando -nada de assustador ou intimidador- mas o famoso trote estava prestes a se iniciar. Ou não. 

Hora de aula, professor na sala. Jovem, comunicativo, sério. Passou uma biografia enorme na lousa que eu tive preguiça de copiar -pra não dizer que não copiei, anotei dois nomes- e recebi uma folha com um conograma de trabalhos e objetivos da aula produção jornalística: técnica em reportagem e entrevista. Ao poucos eu e um colega, Matheus - Boça - já começávamos a sacar que aquele era o conhecido trote do falso professor. Muitos copiaram a biografia quase inteira, ouviram muito da aula, prestaram atenção... No fim as suspeitas eram verdadeiras e aquele era um falso professor. Pra falar a verdade o cara foi escurraçado da sala pelo professor de verdade que falou que todos os livros da lousa não existiam e o papel entrege era um mero NADA. Ele chegou na classe atrazado, transtornado, tremendo, com menções de choro. Ele tava verdaderamente alucinado e falava do curso, explicou muitas coisas e ediu uma redação simples sobre qual o motivo da escolha pelo jornalismo. Muitos escreveram, inclusive eu, mesmo sabendo que o professor provavelmete não iria ler. Escrevi algo sobre o jornalismo ter um papel atuante como mecanismo regulador da sociedade. Enquanto tudo isso os veteranos apavoravam lá fora, abrindo a porta toda hora pro professor nos liberar. Ele surtou, saiu chingando, bateu a porta e continuou a esperar o fim da pequena redação. Recolheu. Começou a ler e criticar muito alguns erros como 'auto' no lugar de alto de um colega, mas, no fim... TROTE!

Era outro professor trote, os veterano entraram na maior baderna começaram a pintar os bixos, botaram todo mundo no chão, e começou o batismo. John Lennon, meu novo nome. Na verdade esse apelido já tinha pego desde o dia da matricula, mas foi confirmado em uma cartolina a ser pendurada no pescoço do bixo durante os três próximos dias. entra um grupo de pessoas na sala, de uns 50 anos pra mais, e pede a atenção.Não, não eram veteranos. Não com 50 anos de idade no mínimo. Era o cooredenador do curso se apresentando, apresentando outro cooredenador e nos deixando nas mãos dum professor muito simpático, conhecido por PCC - Pedro César Campos- que explicou o que é a unversidade, como vc consegue os contatos com professores pra enrriquecer o currículo com pesquisas, enfim, o básico. Voltaram os veteranos e nomeram aqueles ainda sem apelido, separaram o pessoal em grupos e fomos todos juntos - um trecho em elefantinho - até o ponto de ônibus de novo.


Surfamos na rotatória - interpretações à vontade -, comemos em um restaurante bom e barato, descansamos um pouco e fomos pro ponto. Ponto de pedágio, ponto de arrecadação, semáforo dos bixos. Era na Duque de Caxias, sofrendo de baixo do sol conseguimos algumas moedas - algumas? 200 reais!! - protetor solar e água vez ou outra, sobrevivemos. Yoko, Caipora, Mentira, Rhadija, Jatem,  Alf e Caverna...os bixos que estavam no grupo comigo. O pessoal gente boa, assim como os veteranos, que deram o trote no semáforo mais sem apelação, na boa, na brincadeira. Um destaque para a japa Yoko, que até plantou bananeira. Bem, digamos um desfibrilador humano, como disso uma veterana. Ajudei muito também, e apesar de ter muito trabalho, foi muito bom e divertido, apesar do sol e do cansaço. Como já disseram, sou um bixo conformado, faço o trote, não adianta fazer dele um bixo-de-sete-cabeças.

No fim do dia cansaço extremo, mais uma boa caminhada até o shopping  da Duque de Caxias pra acompanhar algumas bixetes - acredite, é um pouco longe sim, ainda mais pra quem ficou 2h30 pegando moeda no sinal -e finalmente, casa. Levei uns veteranos gente boa pra conhecer meu apartamento. Na verdade eles subiram e desceram. Enfim, foi cançativo ao extremo, mas, no fim, valeu a pena.
Vamos ver o que vem amanhã...

domingo, 1 de março de 2009

Independence Day




Na primavera os ovos nascem. Saem deles filhotes que no futuro verão serão belos e magestosos pássaros que vão voar livremente pelo mundo, desbravando o desconhecido, planando pelos ares, conhecendo o mundo.

Nasci, fui criado e agora é tempo de voar. Voar para alcançar as alturas, a liberdade e a maturidade de buscar um espaço no mundo.

Hoje é o primeiro dia de vida sozinho. Não, não posso dizer sozinho. Divido um bom apartamento - para um universitário - com um cara que conheci no dia da matrícula. Túlio. Não sei muito sobre ele, mas dividimos as despesas. E não há nada nele que me incomodou, portanto, a parceria tá valendo. OK.

Depois de uma escalavrante jornada -principalmente pros meus pais- de 3 dias arrumando incessantemente os pequenos detalhes pra fazer meu apê o mínimo confortável, finalmente estou a deriva, sob minha própria tutela.
Bem, não é tão mau assim. Finalmente irei aprender que partos e copos não se lavam sozinhos e que as cuecas não se dobram magicamente na gaveta. Vou comprovar que comida não brota no armário e carro...carro? Descobre-se que busão é um meio de transporte mais do que viável -por ser o único-.

Já sei, em teoria, sobreviver nessa desconhecida Bauru. Decorei boa parte dos caminhos no salva-pátria Google Earth. Já sei onde ficam os principais pontos de subsistência, leia-se: supermercados, farmácias, padarias, pontos de ônibus, restaurantes.
Tenho em mente -e em um pequeno papel dobrado na minha cômoda- o itinerário dos ônibus para a Faculdade e para casa. Agora basta colocar isso em prática. Como?

É impossível não sofrer um frio na barriga, medo. O desconhecido nos assusta, fato. Mas aquela empolgação, aquele ânimo que a liberdade nos trás, é algo que faz deste momento único. Não saber o que vai se encontrar pela frente é algo que eu gosto. Não é à toa que escolhi o jornalismo como profissão.

E é pelo jornalismo que estou aqui, não devo esquecer. A UNESP vai me fornecer o que é preciso para se começar minha carreira na área, e, não só, e nele qe contruirei a tão fundamental network - contatos - que vão definir meu sucesso naquilo que mais deejo fazer da vida.

Amanhã é o primeiro dia de aula. Isso me empolga e assusta ao mesmo tempo. Conheço algumas pessoas, veteranos, colegas de classe, mas enfim, o mundo que eu me deparar amanhã é o universo dos meus próximos 4 anos. Que venham!